Livro didático 1 - webquest

Site: Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem
Course: Webquest e avaliação por rubrica
Book: Livro didático 1 - webquest
Printed by: Usuário visitante
Date: Friday, 17 May 2024, 7:23 AM

Description

Autores: Caroline Lengert (IFSC) e Eli Lopes da Silva (USJ)
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1. Apresentação

O texto que segue é parte de um artigo apresentado por Thais HOffman Arnoni e Eli Lopes da Silva no 5o. Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação, em 2013.

É um dos resultados de um grupo de pesquisa nomeado CAPTE - Centro de Apoio às Práticas com Tecnologias na Educação, que fez pesquisas com uso de tecnologias pelos professores, em especial as webquests, no período de 2012 a 2016.

2. Introdução

Houve um tempo no qual os professores que quisessem utilizar computador nas suas práticas pedagógicas precisavam, antes de tudo, estudar informática. Era necessário conhecer alguns aspectos das tecnologias que eram básicos para a realização de qualquer atividade no computador, tais como sistemas operacionais, linguagens de programação e, para aqueles que queriam se aventurar a ter suas páginas pessoais, códigos em HTML, a sigla de HiperText Markup Language, uma linguagem específica para criação de páginas de internet.

Hoje em dia não é bem assim. Qualquer professor que tenha algum conhecimento mínimo de como acessar a internet consegue utilizar e criar recursos que podem ser usados nas suas aulas, sem precisar frequentar longos cursos de informática que tratariam de questões como sistemas operacionais ou mesmo linguagens de programação.

Dezenas de recursos digitais que o professor pode se apropriar para enriquecer suas aulas com simulações ou mesmo para criação de sua página pessoal estão aí, na internet, muitas vezes disponibilizados gratuitamente. Entre eles podemos destacar o portal do professor, criado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC); os portais de objetos educacionais; os portais que permitem criação de blogs; o Facebook, que além de ser uma rede social permite que o professor crie seu grupo ou página pessoal, com a possibilidade de disponibilizar arquivos para os alunos; os softwares para criação de mapas conceituais; o Youtube, que tem inclusive uma ferramenta intitulada Youtube Teachers; portais de webquest, entre tantos outros.

3. Webquest

A webquest é uma atividade de pesquisa orientada, na qual algumas ou a totalidade das informações utilizadas pelos alunos são provenientes da internet (DODGE, 1997). Ela é útil, sobretudo, quando o professor se propõe a solicitar aos alunos que façam uma atividade extraclasse. As sete partes constitutivas, ou componentes, são estas que descrevemos a seguir.


3.1. Introdução

1 INTRODUÇÃO

É geralmente um texto pequeno, no qual professor faz a apresentação do assunto da tarefa que será proposta aos alunos. Faz também, se necessário, algumas aproximações conceituais, caso o assunto seja muito novo para o aluno. 

Em uma situação prática, suponhamos que um professor peça ao aluno para elaborar um texto dissertativo sobre a segunda grande guerra. O que deve ser inserido na introdução seria a resposta a uma possível pergunta do aluno: “o que foi a segunda grande guerra?”. 

Portanto, como sugestão, podemos pensar na introdução como sendo um texto que diz o que foi a segunda grande guerra, em linhas gerais quais foram as causas e consequências, os países participantes e outros aspectos que o professor julgar relevante para aproximar o aluno do tema. Nesta perspectiva, o professor deve ter conhecimento suficiente daquilo que vai solicitar aos alunos para que tenha condições de escrever uma boa introdução.

3.2. Tarefa

2) TAREFA

O professor expõe o que deve ser feito, pois a tarefa é o “produto”, propriamente dito. 

Como sugestão, o que o professor deve pensar ao escrever a tarefa, seria uma resposta à pergunta do aluno: 

“O que devo fazer?”.

3.3. Processo

3) PROCESSO

São apresentados os passos que devem ser seguidos para a realização da tarefa. 

No processo, o professor pode dizer se a tarefa é individual ou em grupo, quais os passos que o aluno poderia seguir para a execução da tarefa, entre outros aspectos que poderiam responder à pergunta do aluno: 

“como devo fazer?”.

3.4. Fontes de informação

4) FONTES DE INFORMAÇÃO

O professor apresenta referências bibliográficas, links na internet e outras fontes que achar importantes para a elaboração da tarefa. 

A ideia central é que as fontes de informação apresentem ao aluno o “caminho das pedras”, como diz o dito popular, ou seja, uma apresentação dos locais onde ele deve inicialmente buscar informações. 

É importante ficar claro para o aluno que a pesquisa não deve se esgotar nestas fontes e sim buscar, a partir delas, outras que possam ser usadas para a realização da tarefa.

3.5. Avaliação

5) AVALIAÇÃO

Neste tópico o professor expõe como a tarefa será avaliada, quer dizer, de que forma será composto o conceito final do trabalho. 

Caso a avaliação seja por nota, é importante que o professor deixe claro para o aluno quais as condições necessárias ou quais indicadores devem ser atingidos para que o aluno obtenha uma nota 10. 

Caso a avaliação seja por conceitos, por exemplo – ótimo, bom, satisfatório, insatisfatório – este tópico deve dizer quais aspectos serão analisados para que se obtenha cada um destes conceitos.

3.6. Conclusão

6) CONCLUSÃO

São as considerações finais sobre os assuntos explorados. 

Em geral a conclusão se remete à introdução, mostrando ao o que ele obterá ao final da atividade.


3.7. Créditos

7) CRÉDITOS

Na verdade, Bernie Dodge não previu créditos em suas webquests. Mas é importante que o professor deixe sua marca na webquest criada.

Pode-se fazer agradecimentos e colocar o nome do autor. Alguns usuários da ferramenta inserem nesta seção as referências bibliográficas usadas.

4. Como disponibilizar

COMO DISPONIBLIZAR UMA WEBQUEST PARA O ALUNO?

Cada componente pode ser disponibilizado em formato de uma página eletrônica na internet. 

Uma webquest será mais apropriada pelo aluno quanto mais desafiadora e interessante for a tarefa proposta e quanto mais os outros componentes da deixarem o aluno mais confiante no que pode ou não fazer na tarefa proposta.